A equipe da Comissão de Vestibulares e Concursos (Cvest) do IFPE participou, na quinta-feira (13), da dinâmica promovida pelo projeto Inclusão em Ação. A inciativa, criada pela Coordenação de Políticas Inclusivas, tem percorrido diversos campi e setores do Instituto, para sensibilizar os servidores em relação à questão da acessibilidade e da inclusão.

Na primeira etapa, os participantes assistem a uma palestra feita pela Coordenadora de Políticas Inclusivas, Alaíde Cavalcanti, em que ela expõe como o tema é tratado pela legislação, quais são os direitos previstos às pessoas com deficiência, além da importância da conscientização da sociedade como um todo em relação à temática. “A ideia é levar concepção de educação inclusiva a todos os setores e difundir a questão da promoção e garantia da acessibilidade como um direito, não como um ato de caridade, como se pensava lá atrás”, explicou.

À tarde, os profissionais foram convidados a vivenciar situações próximas à realidade de pessoas com deficiência visual. Com os olhos vendados, os servidores tiveram que se locomover em pisos com diferentes texturas e manusear objetos com o desafio de identificá-los a partir do tato. As dinâmicas foram conduzidas pelos revisores Braille, Andrezza Wendell e José Carlos, que é deficiente visual.  “Enquanto pessoa cega, luto pela equiparação de condições e não por nenhum tipo de privilégio”, pontuou José Carlos.

Para a Coordenadora de Processos Seletivos da Cvest, Thamiris Queiroz é fundamental que toda a equipe esteja não só engajada, como capacitada, para promover de forma adequada o acesso desse público à Instituição. Desde o Vestibular 2015.2, a Comissão criou a coordenação de Acessibilidade para tratar especificamente dessas questões.

Em todos os vestibulares e processos seletivos, os candidatos com algum tipo de deficiência, seja ela intelectual, física e sensorial, têm direito a atendimento especializado, conforme determina a legislação. As ações de divulgação das seleções também têm sido pensadas, cada vez mais, para atender a esse público. Um dos exemplos é a elaboração dos Manuais em Libras e as parceiras feitas com diversas associações de pessoas com deficiência.

“Não queremos só nos ater a legislação. Queremos garantir e promover a inclusão, mas também envolver toda nossa equipe numa reflexão sobre o assunto. E acredito que o Inclusão em Ação consegue cumprir esse papel de forma muito exitosa”, destacou Thamiris.